António Jorge Peres Feio foi um ator, encenador, dobrador e diretor de dobragens português nascido a 6 de dezembro de 1954 e falecido a 29 de julho de 2010.
Biografia[]
Nascido em Lourenço Marques a 6 de Dezembro de 1954, mudou-se para Lisboa aos sete anos e a família instala-se em Carcavelos.
Ainda quando estava no Liceu de Nova Oeiras, a mãe, Ester, começa a ensaiar uma peça no Teatro Experimental de Cascais. Feio acaba por aceitar o convite de Carlos Avilez para fazer a peça ‘O Mar’, de Miguel Torga, que se estreia em 1966.
Em 1969, regressa a Lourenço Marques. Continua os estudos, e faz uma digressão por Moçambique com a companhia Laura Alves, com a peça ‘Comprador de Horas’. Chegou a estudar para ser desenhador, mas continua ligado ao teatro ao longo da década de 70. Acaba por se tornar conhecido de toda a gente, graças à sua personagem de toxicodependente na segunda telenovela portuguesa, ‘Origens’.
Em 1974, fez a digressão do Teatro Experimental de Cascais por Moçambique. De novo em Lisboa, leva a cena inúmeras peças em teatros, como o S. Luiz, o Teatro Adoque, o Teatro ABC, a Casa da Comédia, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Aberto, o Teatro Variedades, entre outros. Começou a tornar-se conhecido do grande público devido às suas aparições televisivas: a primeira foi na série policial Zé Gato (1980). Seguiram-se papéis secundários em Sabadabadú (1981), na telenovela Origens (1983) e no programa infantil Zarabadim (1985). Em 1993 atuou, em parceria com José Pedro Gomes, na peça Inox - Take 5, e assim teve início uma "dupla" de sucesso. O seu trabalho no teatro alargou-se também à encenação de espetáculos que têm sido apresentados no Centro Cultural de Belém e nos Teatros Nacionais de Lisboa e Porto, entre outros. Com José Pedro Gomes atuou e encenou peças que alcançaram um enorme êxito, destacando-se O Que Diz Molero (1994), Conversa da Treta (1997), que se tornou tão popular que passou também na televisão sob a forma de vários episódios, e Arte (1998), num trio que inclui Miguel Guilherme, e que fizeram rir um público entusiasta. Encenou outras peças de referência, como A Partilha (1994), Perdidos em Yonkers (1996), Duas Semanas com o Presidente (1996), O Aleijadinho do Corvo (1997) e Bom Dia Benjamim (1998). Após ter assumido a personagem Johnny Bigodes no concurso Ai os Homens (1998) e ter co-apresentado, ao lado de Rui Paulo, o programa televisivo Mulher Não Entra (2001), voltou ao teatro de cariz cómico: Inox (2002), ao lado de Maria Rueff, a Treta Continua (2003), com José Pedro Gomes, e Deixa-me Rir (2004), com Virgílio Castelo.
Faz muitas traduções e algumas das suas dobragens para televisão tornaram-se famosas.
O arranque da dupla com José Pedro Gomes surge no início da década de 90, como actor, em ‘Inox-Take 5’.
O facto de ‘Conversa da Treta’ ter chegado à televisão e ao cinema, tornou o rosto de Feio e de José Pedro Gomes um modelo da nova comédia popular.
Já doente, terminou a carreira de ‘A Verdadeira Treta’, como actor, e assinou duas encenações: ‘Vai-se Andando’ e uma versão de ‘Auto da Índia’, de Gil Vicente.
Poucos meses antes do seu falecimento, foi distinguido por Aníbal Cavaco Silva e passou a comendador da ordem de Infante D. Henrique. Visivelmente emocionado na cerimónia, que decorreu no Museu dos Coches, desabafou: “O teatro, para nós, é e será sempre uma festa.”
António Feio viveu a fazer os outros felizes.[1]
Dobragens[]
Filmes[]
Nome | Personagem | Estúdio |
---|---|---|
Dennis, o Pimentinha (1993) | Switchblade Sam | Matinha |
Pateta, o Filme | Chad | |
Velho Hillbilly | ||
A Loja dos Brinquedos | Master Jack | Nacional Filmes |
Camioneta | ||
Hércules (Jetlag Productions) | Zeus | |
Copreu | ||
Nereu | ||
Kenai e Koda | Tuca | On Air |
Garfield: O Filme | Garfield | Matinha |
Garfield 2 | On Air | |
Kenai e Koda 2 | Tuca | Matinha |
Dia de Surf | Chicken Joe | On Air |
Garfield em Fuga | Garfield |
Séries[]
Especiais[]
Nome | Personagem | Estúdio |
---|---|---|
Os Três Peixequeteiros | Tobias | |
O Natal na Rua Sésamo | Passarão | Nacional Filmes |
Gordon | ||
O Dia em que o Sol Bailou: A Verdadeira História de Fátima | Francisco |
Curtas-Metragens[]
Nome | Personagem | Estúdio |
---|---|---|
A Estrela de Gaspar |
Canções[]
Nome | Canção | Estúdio |
---|---|---|
O Natal na Rua Sésamo | "O Natal é o Melhor Momento Que Há Para Tornar a Sorrir" |
Nacional Filmes |
"Guarda-o Contigo (Todos os Dias)"(Reprise) | ||
A Loja dos Brinquedos | "Sou o Chefe" | |
Jardim da Celeste | "Dormir é Bom" | RTP |
"Saber Esperar" | ||
"Medo dos Barulhos" | ||
"Gaita de Foles" | ||
"Se Não Houvesse" | ||
"A Minha Planta Preferida" | ||
"Bebé" | ||
"Faz de Conta" | ||
"O Porquê dos Nomes" | ||
"Recordar" | ||
"Hum Hum - Segredos Para Quê?" | ||
"Pé de Feijão" | ||
"Zangada" | ||
"Rir" | ||
"De Onde Vem a Música" | ||
"Boa Noite" | ||
"Estações" | ||
Garfield: O Filme | "Novo Cão" | Matinha |
Tradução[]
Nome | Estúdio |
---|---|
A Loja dos Brinquedos | Nacional Filmes |
Direção de Dobragem[]
🔎 Ver lista de dobragens dirigidas por António Feio
Curiosidades[]
- Foi um dos primeiros no meio em Portugal.[2]
- Foi a voz oficial portuguesa do Garfield nas longas-metragens lançadas até 2010, sendo substituído por Luís Barros na série de 2009 e no filme de 2024 da personagem.
- O mesmo também deu voz a Miguel Ângelo na série de 2012 das Tartarugas Ninja, personagem que Feio já havia interpretado na série clássica.