Pedro Laginha tem um currículo eclético onde música, televisão, teatro e cinema se mesclam.
Se aos 30 anos descobriu um à-vontade especial como vocalista de uma banda rock, o percurso dos Mundo Cão tem feito história.
Desde 2001 que este conjunto português vai conquistando fãs, seja pelas palavras do poeta-vocalista dos Mão Morta, seja pela sonoridade metálica e introspetiva das canções…
Mas, principalmente, seja pelas cordas vocais fundas e contundentes de Pedro Laginha, que dão a cada verso uma nova camada narrativa. “O bandido solitário tem no crime o coração…”
Se através da música dos Mundo Cão já é possível vivermos algumas das personagens construídas por este intérprete, temos de recuar um pouco mais para conhecer as origens performativas de Pedro Laginha. Como em quase todos os historiais dos atores portugueses, também ele começou no teatro.
Na companhia OS Satyros deu os primeiros passos, com papéis em Rusty Brown, De Profundis, Woyzek e A Filosofia da Alcova.
Esta última peça, em que deu vida às palavras do Marquês de Sade, levou-o a palcos internacionais: França, Inglaterra, Escócia e Ucrânia. Estávamos em 1993 e a carreira teatral de Pedro Laginha estava apenas no início.
Do Teatro Ibérico ao Teatro Villaret, foi acumulando papéis sob a direção de alguns dos maiores encenadores nacionais.
José Wallenstein, António Feio e João Lourenço foram apenas alguns dos maestros que dirigiram o talento do ator. Também não é por acaso que a carreira musical tenha levantado voo com as palavras de poetas contemporâneos.[1][2]