Neto do actor Henrique de Albuquerque, Rui Mendes nasceu em Coimbra a 19 de junho de 1937, tendo ido viver para Lisboa dez anos mais tarde, onde fez o curso liceal no Liceu Camões. Em 1955 concebe cenários para a primeira peça apresentada pelo Grupo Cénico da Faculdade de Direito: As Surpresas do Regresso, de Plauto (enc. Claude-Henri Frèches). Participa depois, como cenografista e actor, em diversas récitas liceais e no Teatro da Mocidade, dirigido por Couto Viana. Em 1956 inicia estudos de Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, ao mesmo tempo que se estreia no teatro profissional com a peça A Ilha do Tesouro (enc. A. M. Couto Viana), no Teatro do Gerifalto (T. Trindade), companhia especializada em teatro para a infância onde ficará durante cinco anos como actor e cenografista, fazendo algumas dezenas de peças. A partir de 1959 trabalha também na Empresa Vasco Morgado em Margarida da Rua, com Laura Alves, e A Tia de Charley, com Raul Solnado (1961). Participa no primeiro espectáculo do Teatro Popular de Lisboa com Falar Verdade a Mentir, de Garrett, e O Morgado de Fafe em Lisboa, de Camilo. Estreia-se, entretanto, no cinema. Em 1961, após a rodagem do filme Dom Roberto, de Ernesto de Sousa, interrompe o curso de Arquitectura e a carreira profissional de actor para prestar serviço militar. Termina o curso. Regressado de Angola em 1964, passa a dedicar-se quase exclusivamente ao teatro, só esporadicamente trabalhando em arquitectura. Com uma longa e prestigiada actividade teatral, Rui Mendes converge a maior parte do seu tempo, a partir dos finais dos anos 80, para a televisão, em particular para as telenovelas, o que o que o tornou um dos mais conhecidos actores do nosso país. Nessa mesma década ficou conhecido pelo grande público como o "grande aventureiro e detetive destemido" Duarte, da série da RTPDuarte & Cª.[1][2][3][4]